02 maio 2011

Conversa Particular

Eu sei, tudo que penso

A teu respeito

É pequeno demais,

Mas seja breve com minhas palavras

Chame-as num canto

E diga-as onde erram mais.

Pense, estude minhas mãos sobre a caneta,

Corte os pulsos,

Entregue rosas em meu velório.

Depois disso

Me olhe como sempre,

Me dê sua mão que te levo,

Te provo o veneno antes comentado,

Pensado...

Mas pensamento vago,

Converse com meu pensamento

Para livrá-lo de você.

E se permanecer neste diálogo

Mande lembranças ao meu juízo...

Este já se perdeu de mim faz tempo!

Sexo verbal

Estranho, uma ausência de sentimentos, enquanto entranham-se de forma vigorosa, nossos corpos que se encontram nos desencontros de coxas

E nos olhares trocados que avessa seus caminhos,

No momento...

Palavras soltas são ditas, sussurros, gemidos.

Verbalmente o sexo se apresenta

Com semelhança e comparação ao que existe,

E fundamenta o toque no corpo que lhe excita.

A excitação já não lhes basta.

A libido aumenta conforme a umidade se mostra,

Ela é surpreendida por contrações involuntárias.

Seu corpo dentro dela se sente completo, rígido,

Na busca insaciável do prazer mútuo e do perigo de um sentimento constante.

Sentimento inatingível que é intercalado ao desejo.

17 outubro 2009

A alma já farta

“Se matamos uma pessoa somos assassinos. Se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis.”
Charles Chaplin

Emmanuel Inácio

Que revolta monetária há de vir para chamarmo-nos novamente de capitalistas?
Quantas vidas ainda vão ser jogadas fora para sermos intitulados heróis?
E as medalhas de honra ao mérito?
E os engravatados no palanque?
As mães sem os filhos, pais desordenados, o país, o nacionalismo,
As carceragens, os presidiários, os militares, os aidéticos,
Pessoas partidárias, homens e mulheres canalhas,
Preconceito, pré-sal, previdência social,
Um conceito racial à população mundial,
Os proletariados e os empresários,
Os guerreiros e os funcionários,
Os paralíticos humanos do mais belo porte físico,
Os humanitários, os que praticam humanidade,
E a humildade, onde estão?
Onde está a promessa de melhora?
As mentiras contadas, juradas, que viram verdades aos nossos olhos mas que não são concretizadas,
Quantas guerras frias terão de ser travadas?
Quantas mentes trocarão de posição?
O que é sanado acaba ferido, e os vícios por revolução?
Os relacionamentos encerrados, o casamento, as alianças de direita e esquerda,
O mal sentido das coisas, o reflexo embaçado no vidro do carro, alcoolizado, embriagado, drogado,
Altamente sedentário, por leis, por conseqüências, pelo tráfego e o tráfico,
Onde estão os irresponsáveis por esses atos?
Os fatos que não aconteceram
De fato dou por encerrado, a humanidade sem humildade, cega, não vive mais chora,
Cala e ignora ao olhar fechado, cerrado, que cobre suas meninas e não aceitam suas próprias vidas,
E agora, qual o próximo passo?

Rubro olhar


O que farei se acaso você me desprezar,
Não é revoltante para mim, nem se trata de nenhuma dor,
Seria diferente, seria a maior prova de amor,
Sobre a maçã de meu rosto,
Escorre um liquido encarnado
Quando as pupilas de meu olho,
Se tornam um riacho.
Mas não é comum como os outros,
É sangue, é amor, é pesar,
É a causa do teu desprezar.

16 outubro 2009

E.I.S. 12 de julho de 1992/ Asrespostas estão aqui

hoje, a partir de hoje, descobrir quem eu sou ou o que eu sou. Uma mistura de não sei o que com uma pitadinha de alguma coisa que não sei o nome. Mas após descobrir minha fórmula, deixei encoberta minha verdadeira face, chutei o balde, a humildade está me consumido estou abdicando coisas e pessoas que passei grande parte de minha vida procurando, não sei se devo ir até o fim, ou se devo desistir, mas tudo que vejo e escuto só me leva a desistência, quero deixar de esxistir e isso é muito estranho pra mim. Me pergunto por meus amigos, meus familiares, meu trabalho, meu deus, meus estudos, a garota que eu passei dois anos querendo estar perto,
e não encontro a resposta. Minha vó faleceu, não tenho interesse algum em continuar, nada mais me apetece, nem os meus versos, não tenho coragem de mendigar ajuda, só através das palavras, tenho medo da reação de maior parte deles, por eu ser tão intenso todo o tempo, sei que por falta de interesse eles não vão ter conhecimento dessas palavras, de meu desabafo, por que cansei de ser o segundo, cansei de ser o palhaço, cansei de ser a promessa de futuro para meus familiares, cansei de ser julgado, cansei do teatro, cansei da vida. Uma resposta antiga é as lágrimas que saem de meu rosto que sempre foram poucas e dificil de escoar, peço aos poucos que vão ler esse texto que entendam as vezes que fui frio, as vezes que calei diante de uma situação que eu devia tomar alguma atitude. Mas se é pra ser sincero (vamos lá) eu cou começar.
Sou muito mentiroso, talvez por isso o encantamento pelo o teatro e pela poesia, que de verdade é uma mentira do começo ao fim. Sou egoísta até o extremo, me faço de fingido, manipulo, estrategicamente, "ridiculo", todas dizem isto, e quando não preciso mais simplesmente jogo fora como um brinquedo quebrado, prejudico qualquer um para ter o que quero, chamo toda a atenção possível, digo que amo, engano, tudo fingimento. Só amei uma vez, as outras foram pra tentar esquecer ela(desculpa às outras), pisei bastante em quem me amava, não foi de propósito, era a minha ingênuidade, hoje em dia não o faço com frequência. Sou carente de amigos, por isso ânsia por ter sempre alguém por perto, mas quando tenho sempre acabo repelindo essa pessoa, ou por atenção demais ou por brigar demais. sou ignrante e grosso, tudo te que ser eu o primeiro, mas ninguém me escolhe, toda vez eu sou o segundo ou o último. hiperativo até o talo, não paro, não calo, até dormindo estou filosofando, trabalho, estudo, como, durmo, faço milhões de coisas ao mesmo tempo e não me pergunte como. Sou um verdaeiro prostituto, dou meu corpo ao qualquer uma, sem distinção alguma, não importa o momento ou a hora. sou permanentemente falso, traio com uma facilidade incrível, sou gentil(pelo menos isso) e todos, falo todos mesmo, se rendem ao meu encanto. Promiscuo desde o berço."Metido", todas afirmam isso, sou chato, intolerante, dou o que querem de mim e me faço o cara perfeito, depois me descobrem um moleque, umnojento, infantil e que não tenho nada de doce como apareceem meus versos.
Fui literalmente abandonado por meus pais, abandonado mesmo e por todos( é possível contar nos dedos a quantidade de amigos que tenho: samuel, júnior, renata, lilly, hyanne, marcos, luciane...)os que eu acahava que iam me apoiar, minha vida parece um furacão, machuca tudo que toca, e é uma verdadeira babilônia. tenho um irmão(Eduart) que nem sabe que eu existo, e se sabe acha que é meu primo, estou cansado! cansado de anto fingimento, de eu ter que ficar calado, por que se eu abrir a boca vou estar sendo falso. cansado de ter que ficar mentindo pra agradar aos outros e evitar confusão, cansado de ter que ficar calado e fazer os que os outros mandam,(parece que eu sei ler pensamentos: "esse menino tah aqui de favor, devia lamber os pés do tio, o tio faz tudo por ele!") preciso pedir desculpas à Michelle, à Adriana, à Eduardo do teatro, à kelly, à Netinho, à dani, à minha vó, à meu pai, à rosemery, a meus irmão, tenho que pedir desculpas a professora de português por meus erros de gramática, peço desculpas à Caio, o namorado de Karol, descupas à diego, todo eles sabem o motivo de minhas desculpas. Preciso falar: Kamylla eu te amo, André eu te amo, samuel eu te amo, mãe, pai eu os amo, meu tempo está acabando, e eu não quero desistir, por favor me ajudem, não me deixem ir.

09 setembro 2009

Quando me perder

Quando eu morrer, falecer,
Meus ossos para bactérias ser mantimento,
Quando acabarem meus pensamentos,
Não venha dizer que tem saudade,Que sente falta de meus sentimentos.

Auspício

Emmanuel Inácio e Carlos Ex-machina

Se sumirmos, traduzirmos o mais belo,
Atraves daquilo que almejamos,
Se sabemos que mudamos
Encontraríamos aquilo que buscamos.

Das trevas mais profundas
As linhas mais seguras
Fazem o belo florescer
E o amor desvanecer.

Vai sumindo, sucumbindo
Mas no caminho continuo indo
Sem saber para que serve
A armadura que me protege,

Mas enfim as traduzo
Mesmo que no final eu só possa ficar a contemplar,
O belo saído das trevas
E o amor não me alcançar
Fico triste para que no fim fique eu a caminhar.

Eu por mim mesmo...